A SAD do Estrela da Amadora quebrou hoje o silêncio sobre a rescisão unilateral de Nilton Varela, contestando os fundamentos apresentados pelo lateral luso-cabo-verdiano e prometendo recorrer aos "locais próprios" para defender os seus interesses.
Num comunicado com cinco pontos, os tricolores mostraram-se "surpreendidos" com a decisão do jogador de 23 anos, que alegou justa causa para romper contrato, evocando situações de assédio moral e atropelos disciplinares.
O Estrela afirma que Varela e o seu representante chegaram a manifestar a vontade de sair e até apresentaram a existência de uma proposta de cerca de 500 mil euros. A SAD garante que, embora considerasse o valor abaixo do esperado, acabou por aceitar a saída — mas a proposta nunca chegou a ser formalizada.
Os dirigentes revelam ainda que receberam ofertas formais de outros clubes, mas nenhuma foi aceite pelo jogador. Perante este cenário, defendem que o contrato foi cumprido "escrupulosamente", mantendo o atleta registado para competir e rejeitando por completo as acusações feitas na nota divulgada pelos empresários do defesa.
"O Estrela da Amadora repudia integralmente as acusações formuladas pelo jogador, reafirmando que cumpriu sempre com os seus deveres contratuais, desportivos e legais, agindo com transparência, respeito e em defesa dos interesses do clube, da equipa e dos seus adeptos", lê-se no documento.
Nilton Varela, recorde-se, foi afastado do plantel principal após o fecho do mercado de verão e passou a treinar com a equipa B, inscrita nos campeonatos distritais, situação que levou à rutura litigiosa.